domingo, 23 de janeiro de 2011

Seu Eduardo , queria fazer um acordo .....

Mal a frase começa e eu ja sei como vai terminar .

O colaborador entra na sala , pede para ser mandado embora ,  diz que devolve a multa do fundo de garantia e fica olhando com cara de desamparado para você .

Seu coração aperta e fica tentado a fazer o tal acordo .

Mas esta carta nunca vem sozinha no baralho dos negócios de gastronomia , de mão de obra intensiva , remuneração baixa e , infelizmente , pouca especialização .

Na mesma semana  você seleciona novos currículos , marca entrevistas para repor  sua equipe que ficou desfalcada .
No meio a muitos candidatos que não se encaixam no perfil procurado , aparece o funcinárioo ideal , Mr Right. Experiente , passou por boas casas , salário na medida .
Depois da breve entrevista , você formaliza a proposta exatamente com o salário e condições  que ele pediu  .Por fim você pede para ele passar no departamento  administrativo , marcar o exame médico e entregar os documentos para registro .

O seu potencial novo colaborador olha para você e pede  :

- Será que o Sr . poderia  me deixar sem registro por uns meses ?. É que estou recebendo as últimas parcelas do seguro desemprego  - E fixa o mesmo olhar de desamparado do colaborador que foi embora contando em construir seus sonhos com o saldo do fundo de garantia , as parcelas do seguro desemprego e o salário do novo emprego onde pretende trabalhar  sem registro .

Alguns empresários aceitam e ajudam a construir a armadilha que faz a rotatividade de mão de obra do setor aumentar .

Eu prefiro dizer não aos dois .E temo pelo uso errado da ferramenta socialmente justa , o seguro desemprego .

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